SUPOSIÇÕES QUE DERRUBAM
“Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuide para que não caia.” (I Co 10.12)
Incontáveis são as vezes em que supomos erroneamente que estamos firmes ou em um patamar de espiritualidade muito grande, e que nada vai nos abalar. O interessante nesse versículo é vermos que está escrito “aquele que pensa”, e não “aquele que está”. São exatamente nesses momentos que podemos cair. Um simples vento pode tornar-se um furacão, podendo nos desestabilizar ou nos derrubar.
É muito fácil criticar ou condenar alguém quando não estamos passando pela mesma situação: achamos que nunca acontecerá o mesmo conosco. Esquecemo-nos de que somos falhos, passíveis de erros e vulneráveis a ataques. Há um ditado popular que diz: “Quem tem telhado de vidro não joga pedra no telhado de ninguém”. Como cristãos, é prudente observar isso e orar ou mesmo permanecer calados, ao invés de formular comentários maledicentes. Há momentos em que o silêncio é melhor do que uma multidão de palavras.
Estamos sujeitos a cair por mínimas coisas: pela cobiça, pelas nossas carências, pelos ataques impensados de nervosismo – tudo isso, fruto da concupiscência de nossa carne. É certo que precisamos avaliar o certo e errado, colocar à prova todas as coisas e reter o que é bom (I Ts 5.21), mas isso não nos dá o direito de “atirar pedras” em ninguém. A Palavra nos exorta a não elaborarmos julgamentos, porque há um só legislador e juiz (Tg 4.12). Algo de que sempre devemos nos lembrar e que evitará julgamentos precipitados é que somos todos feitos do mesmo barro, sujeitos às mesmas sujeiras e rachaduras. É necessário perceber os frágeis telhados de vidros sobre nós. Por isso, vale a pena ouvir de novo: “Aquele que pensa estar de pé, cuide para que não caia”.
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